Associação de Estudantes reage ao cancelamento dos ensinos/estágios clínicos

A associação de estudantes é o vínculo mais próximo entre os alunos e a Escola. Neste momento que ultrapassamos, são inúmeras as dúvidas e anseios que nos fazem chegar relativamente à atividade de prática clínica inserida nos nosso cursos. Certos de que estamos em processo de formação e por isso enquanto alunos, teremos algumas limitações, sentimos que neste momento de enorme fragilidade Nacional, somos capazes de sem prejuízo para o processo de ensino/aprendizagem apoiar as equipas de saúde na prestação de cuidados com qualidade.

 

Em resumo, em fevereiro do ano transato, todos nos vimos impedidos de formação clínica, chegou um novo vírus que pouco ou nada se conhecia, os alunos continuaram o processo de aprendizagem teórica em contexto on-line, sem estágios e obrigados a confinar, muitos foram os que utilizaram as suas armas de conhecimentos e perseverança adquiridos na escola, e colaboraram em regime de voluntariado em vários locais de apoio ao combate à Covid19.

 

No presente ano letivo, foram retomadas as atividades de ensino clínico sendo asseguradas todas as medidas de segurança para os alunos e instituições.

 

Continuamos a viver não dias, mas horas de incerteza, com receio que a qualquer momento tenhamos que despir a farda e deixar o serviço, deixar de apoiar a equipa, o hospital, os doentes, o Serviço Nacional de Saúde.

Nesta escola formam-se profissionais e pessoas de carácter e honra; futuros profissionais de saúde que nunca colocariam em causa a boa prestação de cuidados, a escola conhece quem forma e o apoio incondicional e esforço têm sido notórios nestes últimos meses. A conclusão do curso é uma preocupação, mas não a qualquer custo, ela há-de chegar.

 

Neste momento, os alunos em formação estão a adquirir conhecimentos e técnicas que nunca haviam sido ensinadas noutros tempos, estamos em ser formados em contexto de pandemia, que deveria ser reforçado e não estagnado novamente com interrupções de estágios.

 

A continuação da formação é essencial para assegurar um futuro estável e seguro. Posto isto apelamos a todas as entidades que compreendam que os estudantes precisam de continuar o seu processo de aprendizagem, que não deve só ser assegurado pelas entidades formadoras, mas também pelo estado.

 

Os futuros profissionais de saúde está a ser colocado em causa, os estudantes são o futuro e neste momento um apoio. É errado considerar que os alunos aumentam o risco de contágio e propagação do vírus, considere-se que são pseudo profissionais sem direito a vacina, infelizmente.

 

Preocupa-nos acima de tudo o futuro do SNS, que está cada vez mais esgotado, que necessita não só de ventiladores e EPI’s mas essencialmente de quem os maneje.”