Hoje assinala-se o Dia da Espiga, uma celebração portuguesa que ocorre no dia da Quinta-feira da Ascensão, com um passeio matinal e a colheita de espigas de vários cereais, flores campestres e raminhos de oliveira para formar um ramo, a que se chama de espiga. Segundo a tradição, o ramo deve ser colocado por detrás da porta de entrada, e só deve ser substituído por um novo no dia da espiga do ano seguinte.
Considerado o “dia da hora” e o “o dia mais santo do ano”, um dia em que não se devia trabalhar. O “dia da hora” refere-se ao facto de haver uma hora, o meio – dia, em que tudo parava, “as águas dos ribeiros não correm, o leite não coalha, o pão não leveda e as folhas cruzam-se”. Nessa hora colhiam-se as plantas para fazer o ramo da espiga e também se colhiam as ervas medicinais.
A 5ª feira de Ascensão celebra a subida de Jesus ao Céu, quarenta dias depois de ter ressuscitado. Quarenta dias depois da Ressurreição, Jesus apareceu pela última vez aos seus discípulos, em Jerusalém, e levou-os ao Monte das Oliveiras. Depois de lhes ter renovado a promessa do Espírito Santo, ergueu as mãos ao céu e abençoou-os. Depois, começou a elevar-se no ar e desapareceu. Então, apareceram dois anjos a anunciar que Jesus regressaria. Os discípulos deixaram o Monte das Oliveiras e regressaram a Jerusalém.
Acredita-se que este costume nasceu de um antigo ritual cristão, de abençoar os primeiros frutos do ano.