A 17 de novembro comemora-se o Dia Mundial da Prematuridade, também conhecido como o Dia Internacional da Sensibilização para a Prematuridade. A data é promovida pela EFCNI – European Foundation for the Care of Newborn, uma plataforma criada em abril de 2008, a nível europeu, e constituída por pais e profissionais de saúde com o propósito de dar voz aos recém-nascidos prematuros, bem como às suas famílias.

O tema do Dia Mundial da Prematuridade 2019 é: “Nascer cedo demais: receber os cuidados certos, no lugar certo, na hora certa.”

Esta data visa aumentar a consciencialização para os nascimentos prematuros, mortes e sequelas devidas à prematuridade, assim como para medidas simples, comprovadas e eficientes que poderiam preveni-los.

Além da cor púrpura, que representa sensibilidade e excecionalidade, a linha de meias  tornou-se um símbolo do Dia Mundial da Prematuridade. O pequeno par de meias roxas – emolduradas por nove meias para bebês – simboliza: 1 em cada 10 bebês nasce prematuro em todo o mundo .

Em Portugal a prematuridade é de cerca de 8% e a prevalência de prematuros abaixo das 32 semanas de 1,2%. Os avanços tecnológicos aliados ao conhecimento científico têm permitido a sobrevivência de recém-nascidos de idades gestacionais cada vez mais  baixas, sendo a redução da morbilidade um dos objetivos major em neonatologia. A taxa de mortalidade neonatal  é de 1,8/1000 nados vivos o que coloca Portugal no 9º lugar entre 162 países, sendo o nosso país considerado um bom local para nascer e crescer.

A idade materna, tabagismo, abuso de drogas, restrição de crescimento fetal são fatores de risco para parto prematuro, fatores estes em que podemos e devemos  atuar. 

Hoje, em  todo o mundo, são relembrados  todos os bebés que nascem antes do tempo e efetuadas ações preventivas da prematuridade .

Por considerarmos importante a partilha de experiências, hoje partilhamos os testemunhos de duas mães ligadas à ESSSM e que viveram de perto todos estes desafios da Prematuridade:

 

Ser Mãe de um bebé que nasce prematuro exige uma adaptação a uma realidade extremamente difícil. O Eduardo nasceu com apenas 27 semanas e 720 gramas. Esteve internado quase 90 dias nos cuidados intensivos neonatais. Foram 3 meses de momentos difíceis, mas também de alegria e esperança. Os dias eram vivenciados quase de hora a hora. A chegada ao quilograma foi uma vitória de um ser tão frágil, mas lutador. Após 3 meses de cuidados no hospital, levamos o nosso filho para casa com 2450 gramas. Uma vitória! Hoje em dia, as sequelas da prematuridade são pouco visíveis e tal como quando nasceu, continua um lutador. A esperança esteve sempre presente e o amor e dedicação foram essenciais para a sua recuperação.

Crisanta Portugal, docente da ESSSM

 

Só quem passa é que sabe o que é e o que custa. Cada dia que passa olho para eles, agora com quase 3 anos, e lembro-me sempre daquele dia em que eles nasceram com 31 semanas e pouco mais de 1kg cada um. Meus guerreiros.”

Diana Rodrigues, antiga estudante da ESSSM

 

Para conhecer melhor o dia a dia de um bebé prematuro assista ao vídeo: Diário de um prematuro .

 

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