Caminhada Quaresmal | O Perdão | Aliança Reconstruída

Esta semana a reflexão apresentada pela Diocese do Porto pode ser mais difícil e exigir mais tempo de reflexão. Somos convidados a pensar no Perdão: apesar de nem sempre ser fácil perdoar ou pedir perdão, é indiscutível que a conclusão desse processo é renovador e traz consigo um sentimento de Paz e tranquilidade!

“243. Sem dúvida, «não é tarefa fácil superar a amarga herança de injustiças, hostilidades e desconfiança deixada pelo conflito. Só se pode conseguir, superando o mal com o bem (cf. Rm 12, 21) e cultivando aquelas virtudes que promovem a reconciliação, a solidariedade e a paz».[225] Deste modo a bondade, «a quem a faz crescer dentro de si, dá uma consciência tranquila, uma alegria profunda, mesmo no meio de dificuldades e incompreensões. E até perante as ofensas sofridas, a bondade não é fraqueza mas verdadeira força, capaz de renunciar à vingança».[226] É necessário reconhecer na própria vida que «inclusive aquele juízo duro que tenho no coração contra o meu irmão ou a minha irmã, a ferida não curada, aquele mal não perdoado, o rancor que só me faz mal, é uma parte de guerra que tenho dentro, é um fogo no coração que deve ser apagado a fim de não irromper num incêndio».[227]

  1. 250. O perdão não implica esquecimento. Antes, mesmo que haja algo que de forma alguma pode ser negado, relativizado ou dissimulado, todavia podemos perdoar. Mesmo que haja algo que jamais deve ser tolerado, justificado ou desculpado, todavia podemos perdoar. Mesmo quando houver algo que por nenhum motivo devemos permitir-nos esquecer, todavia podemos perdoar. O perdão livre e sincero é uma grandeza que reflete a imensidão do perdão divino. Se o perdão é gratuito, então pode-se perdoar até a quem resiste ao arrependimento e é incapaz de pedir perdão.”

CARTA ENCÍCLICA

FRATELLI TUTTI

DO SANTO PADRE FRANCISCO